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DE AMANTE A MULHER TRAÍDA?

Tive um relacionamento com um homem casado, cujo casamento estava em crise, há uns 3 anos. Ele estava queria separar-se. A esposa descobriu o nosso romance e decidiu lutar por ele de novo. Resultado: eles reconciliaram-se. Só que, devido a algum mal-entendido, ele ficou com raiva de mim, nunca mais quis conversar comigo. Na verdade, nem compreendi o motivo. Ficámos 2 anos e meio sem sequer conversarmos. Recentemente encontrámo-nos e ele disse-me que se separou 6 meses depois. Realmente aquele casamento já estava fracassado e ele não via. Só que ele já está a namorar outra pessoa, uma antiga amiga. Fiquei super chateada e perguntei se ele nunca pensou em procurar-me novamente. Ele disse que a raiva era grande. Quando conversámos, colocámos a questão, ele disse que não sabia da verdade, por isso, agora estava arrependido pela raiva. Acabámos por nos envolver outra vez, acabando numa noite de amor e outra e outra... Só que ele ainda está com a namorada, que lhe deu muita força na separação e que é boa pessoa. Mas não percebo a confusão dele. Será uma outra crise ou eu não quero ver que essa nossa reaproximação foi apenas sexo casual? Estou a ficar ansiosa e confusa.
F.

Algumas relações extraconjugais não correspondem a uma paixão avassaladora da parte de quem trai, nem tão pouco a um grande envolvimento emocional. Servem mais como um álibi para acabar com um casamento, ainda que a própria pessoa não tenha consciência disso.

Lidar com a raiva e com a raiva é muito mais fácil do que lidar com a tristeza, a apatia ou a depressão. Ainda que o casamento do homem com quem se envolveu estivesse fragilizado, a verdade é que nenhum dos cônjuges foi capaz de acabar a relação antes. A revelação da infidelidade serve para "abanar" a relação. A partir daí o casal tem duas alternativas: ou rompe, ou reconstrói a relação.

Parece-me, no entanto, que este homem estará a reproduzir os erros na nova relação, voltando a sentir a necessidade de ser infiel.

Não posso ajuizar quanto às hipóteses de ser bem sucedida se decidir voltar a investir nesta relação amorosa. E também não tenho dados que me permitam dizer-lhe que a relação que mantém com este homem seja apenas baseada no sexo. Posso, isso sim, aconselhá-la a procurar ajuda junto de um psicólogo, no sentido de explorar as fragilidades que a têm impedido de construir uma relação conjugal igualitária. Se continuar com esta relação, será imprescindível "trabalhá-la" com um terapeuta conjugal, sob pena de passar de amante a mulher traída.