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O divórcio é o segundo acontecimento mais stressante do ciclo de vida, apenas superado pela morte do cônjuge ou de um filho. Quando existe uma situação de infidelidade, a frustração pode ser maior. Além disso, a traição implica, invariavelmente, uma quebra de auto-estima e de confiança. É expectável que, a par da dor provocada pelo fracasso do casamento, surjam outras dificuldades. Há uma espécie de turbilhão de sentimentos que podem ser difíceis de gerir. Nalguns casos, a experiência é de tal modo traumática que dá origem a uma depressão reactiva, que merece intervenção especializada.
Contudo, de um modo geral, a tristeza, a raiva e a dor são geríveis e ultrapassáveis. No início tudo está à flor da pele e o futuro parece pouco promissor. Depois é preciso é olhar em redor e reaprender a valorizar os outros papéis que desempenhamos - a dedicação à família alargada, aos filhos, aos amigos e à profissão acaba por gerar frutos. Ainda que a relação conjugal constitua um pilar importante para o nosso bem-estar, não é o único.
É preciso evitar o isolamento e procurar a ajuda das pessoas importantes - família e amigos. E, claro, permitir que o tempo traga a serenidade necessária à reconstrução de uma vida saudável e feliz.