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CANSADA DO NAMORADO

Tenho 17 anos e nos últimos três anos tenho mantido uma relação amorosa com um rapaz de 19. No início era uma miúda encantada com um rebelde que me fazia sentir especial , que me dava tudo o que eu queria. A nossa primeira relação durou 10 meses e eu gostava realmente dele, acho que poderei dizer que o amava. No meu aniversário disse-me que estava apaixonado por outra, pensei que fosse uma brincadeira, mas não foi. Terminei duas semanas depois. Depois disso juntei-me mais umas 3 vezes com ele, acabando sempre por terminar, mas dessas vezes por minha causa, porque o sonho pelo qual me apaixonei tinha desaparecido. Em Setembro do ano passado voltei para ele, confiante que desta vez ia resultar. Na verdade, no inícios resultava sempre. Era sempre aquele doce, atencioso, tão querido. Depois o amor desvanecia. Ele tornava-se "vadio", nunca parava em casa, sempre um descuidado na escola, andando só por andar, estando nas tintas para tudo. Às vezes até para mim. Na verdade, as únicas vezes que tivemos um relacionamento algo romântico, com passeios de mão dada, festinhas e mimos, foi antes do sexo. Depois disso tudo tinha como intenção o sexo. Comecei a não ter prazer nenhum, e a fazê-lo só por fazer. Há uns meses aproximei-me de um rapaz da minha turma, travei amizade com ele e interessei-me. Fomos de viagem, e eu enrolei-me com ele, porque no fundo queria que isso acontecesse. Acabei por trair o meu namorado. Contei-lhe tudo, não na hora porque sabia que ele não reagiria bem, mas contei. E ele perdoou-me. Sei que demonstra muito afecto da parte dele, mas na verdade sinto-me um tanto confusa, e sinto que ele me perdoou por se sentir culpado. Hoje estou completamente confusa, não sei mais se o amo, ou se estou com ele por já serem três anos. A verdade é que não me arrependo de ter beijado o rapaz da minha turma, e sinto-me bastante atraída por ele. Valerá a pena continuar a namorar?
J.



Na sua idade o amor pode ser tão intenso como em qualquer outra. No entanto, a inexperiência e as inseguranças próprias da adolescência podem implicar alguma dificuldade em gerir as suas emoções, nomeadamente quando estas parecerem contraditórias. É provável que a tal rebeldia que tanto a atraiu no início desta relação tenha dado lugar a um conhecimento mútuo mais profundo, o que implica reconhecer os defeitos do seu namorado. Ao fim de três anos sentirá falta de outras experiências e isso tê-la-á levado à traição a que se refere. Do meu ponto de vista, esse comportamento não é mais do que uma tentativa involuntária de "agitar as águas". A verdade é que, mesmo que já não ame o seu namorado, ser-lhe-á sempre difícil acabar esta relação e essa dor pode parecer-lhe insuportável. O tempo encarregar-se-á de lhe trazer mais segurança e, independentemente das escolhas que faça, todas as experiências contribuirão para o seu amadurecimento.