Carta original:
Chamo-me Paulo tenho 47 anos e gostava de partilhar este pesadelo com alguém que está habituado a este tipo de situações. Conheci a Luísa em 91, já eu era casado, envolvemo-nos emocionalmente, foi uma paixão com uma carga elevada. Nessa altura a minha mulher ficou grávida e tudo terminou radicalmente. Estivemos 17 anos sem nos vermos e falámos ao telefone 4 ou 5 vezes. Em 2008 a Luísa telefonou-me e daí surgiu uma troca de e-mails acabando por nos encontrarmos. Quando nos vimos foi como se nos tivéssemos separado há uma semana. Chegámos à conclusão que os nossos casamentos estavam no fim. Em 2 anos, com grande esforço, demos a volta à nossa vida, divorciámo-nos e tudo indicava que o nosso projecto de viver juntos fosse real. Não contámos com a reacção da filha dela que tem 10 anos. Tudo se complicou, a filha fez de mim um alvo a abater. Sem solução e com opções limitadas, não tivemos outra opção senão acabarmos com um sonho e a vida de duas pessoas que se amavam acabou num estalar de dedos. Foi brutal. Andei com uma depressão, de momento já estou em recuperação, tenho que olhar em frente e seguir a minha vida.
Paulo