Tenho 28 anos, casada há 11 anos e temos uma filha de 08.
O meu marido foi o meu 1º namorado sério aos 15 anos de idade e estamos juntos até hoje.
Descobri ao longo do casamento os relacionamentos paralelos, mas quando eu descobria era sempre depois de tudo ter acabado.
Até que em 2001 frequentava a minha casa, uma amiga minha, amizade essa de 15 anos.
Um certo dia ele resolveu sair de casa do nada, um mês depois, ao conseguir entrar no e-mail dele, vi uma mensagem dele p/ ela.
Quando ele saiu de casa ela arranjou uma maneira de se zangar comigo, então deixámos de ter contacto.
O relacionamento deles durou 2 meses e no dia em que ela terminou com ele, o mesmo pediu para voltar p/ casa e eu aceitei.
Agora está com uma conversa de ir beber um copo todas as semanas.
O grupo é de pessoas solteiras. Ainda ontem ele saiu com eles e um amigo dele, que tem namorada, foi a um motel com uma mulher do grupo e hoje o meu marido ligou-lhe e perguntou se a mulher era boa de cama.
Eu fiquei enlouquecida, pois esse tipo de conversa é ridículo. Qual o interesse do meu marido em relação aos dois?
A vontade que tenho hoje é de ir embora de casa e nunca mais ter qualquer tipo de contacto com ele.
Tenho medo de ser traída e enganada novamente.
Hoje ele estava no msn com esse colega que foi ao motel, ambos disseram que estavam com a namorada e esposa - eu ao lado.
O que faço, até já pensei em detectives, eu não quero passar por tudo novamente.
A.P.
A situação que descreve é ilustrativa da quebra de confiança que se terá instalado no seu relacionamento. O facto de ter decidido perdoar as sucessivas infidelidades do seu marido não implica que se sinta apta a voltar a confiar no seu comportamento.
O "medo de ser traída e enganada novamente" é legítimo, mas tem que ser enfrentado. Para isso, é importante que se sinta à vontade para conversar com o seu marido sobre as suas dúvidas e angústias.
Um detective não a ajudará a enfrentar as suas dificuldades já que, mesmo que o seu marido não esteja a ser infiel, as suas dúvidas continuarão a existir. Por isso, sugiro que invista no diálogo franco e, em caso de necessidade, recorra à ajuda especializada.