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CONFLITO ANTIGO COM PADRASTO

Quando eu tinha 8 anos a minha mãe casou-se novamente e, durante algum tempo, continuei a morar com meus avós. Ao fim de 1 ano, fui morar com ela, e no mesmo período nasceu a minha irmã. Como éramos uma família simples, a minha mãe não podia dar-me a atenção que eu precisava, pois trabalhava muito, tinha uma filha pequena, era recém-casada, enfim. Eu, muito nova e tendo um padrasto que trabalha em casa, acabava por passar bastante tempo com ele, no entanto, esses momentos eram desagradáveis, que hoje acredito que se caracterizavam como Bullying. Ao fim de 9 anos, com as minhas opiniões formadas, estando há 5 anos a trabalhar fora, a estudar e a ajudar em casa, resolvi sair da casa da minha mãe e voltar a morar com os meus avós. E desde então deixei de ir a casa de minha mãe, e de falar com eles. A situação está insuportável, pois hoje sou casada, tenho um filho e sinto que esses acontecimenos me deixam confusa ao cuidar do meu bebé. Hoje tenho 24 anos. Como é que eu faço para curar as dores e humilhações psicológicas do meu padrasto e voltar a um convívio melhor?
A.

Expressou muito bem aquilo por que passou, bem como a mágoa que ainda carrega. Contudo, a identificação de um problema é apenas o primeiro passo para a sua resolução.

Em primeiro lugar, o facto de já não viver com o seu padrasto pode ser um elemento facilitador da reaproximação que agora deseja, já que, assim, a probabilidade de existirem episódios semelhantes àqueles por que passou são muito menores. Além disso, o distanciamento poderá ajudá-la a olhar para os eventos traumáticos por que passou com maior discernimento. No auge das dificuldades, não conseguimos ver nada com clareza.

Ainda assim, parece-me importante que consiga explorar as suas recordações mais negativas, trabalhá-las com um terapeuta e, a partir daí, tentar uma reaproximação. Este processo ajudá-la-á a enfrentar os seus medos e vulnerabilidades, favorecendo a diminuição da ansiedade. Consequentemente, tenderá a sentir-se melhor nas restantes relações que estruturam a sua vida, nomeadamente no seu papel de mãe.