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FALTA DE DESEJO SEXUAL

Estou casada há 12 anos. Nunca tive grande prazer na relação sexual, mas nos últimos 3 anos obrigo-me 1 uma vez por mês a manter uma relação com o meu marido. Por ele, a frequência seria, no mínimo, semanal. Ela anda uma pilha de nervos, implicante, rabugento, resmungão, refilão, irado (comigo, com as filhas e com colegas até!). Mas eu não consigo ter qualquer vontade nem energia para mudar a situação. Não gosto que ele me toque ou que se aproxime de mim! Não tenho dormido nada, porque me refugio no sofá... Eu gosto (gostei, gostava?!) dele, é um bom homem, em muitos aspectos um marido admirável, mas eu simplesmente não suporto a relação sexual, o toque, a troca de saliva... aqui fica um desabafo à beira do desespero.
M.

Os factores que levam à diminuição do desejo sexual são muito variados, mas a verdade é que este é um problema identificado por muitas mulheres e com repercussões sérias para a relação conjugal. De um modo geral, as mulheres precisam de se sentir bem em termos da sua intimidade emocional para que tudo corra bem ao nível da intimidade sexual; para os homens o processo é inverso - é preciso que haja satisfação sexual para que sejam capazes de se entregar do ponto de vista da intimidade emocional. Funcionando a sexualidade como uma espécie de barómetro da satisfação do casal, é provável que as alterações que identifica estejam a provocar uma espécie de ciclo vicioso, do qual nem a senhora nem o seu marido estarão a ser capazes de sair.

Fugir ao problema não ajudará a resolver a situação. Pelo contrário: mais cedo ou mais tarde sentir-se-ão engolidos por estas dificuldades, pelo que sugiro que possam conversar calmamente sobre aquilo que cada um sente e, assim, definir estratégias para melhorar a conjugalidade. Não importa fazer acusações, mas antes que cada um seja capaz de assumir responsabilidades num problema que é dos dois. Ainda que se trate de uma área sensível do casamento, é importante que reconheçam que não estão sós. Expor o problema a um profissional especializado pode ajudá-los a sair do desespero que assume.