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DEPRESSÃO OU DISTIMIA?

Há alguns anos atrás procurei um psiquiatra por achar que tinha depressão e ele diagnosticou distimia. Tinha tristezas profundas em determinados dias, tinha pensamentos sobre a morte, crises de mau-humor do nada, um aperto no peito incrível e vontade de me isolar do mundo. Mas o que me mais me intrigava é que apesar de tudo o que eu sentia, eu conseguia ir trabalhar, conseguia superar, passava às vezes o dia todo triste mas conseguia divertir-me com outras coisas mas aquela melancolia acompanhava-me. E isso sempre foi uma constante na minha vida. Desde menina tinha crises de choro, apontava sempre os meus defeitos, como se a culpa do mundo fosse toda minha e eu nem sabia do que me culpava. Hoje com 31 anos continuo a conviver com esta tristeza, mas às vezes acho que vou enlouquecer. Tenho controlo da minha tristeza, consigo na maioria das vezes driblá-la com saídas com os meus amigos e o meu marido e com cervejinhas ao final do dia. Não gostaria de tomar medicamentos, se este for realmente o meu diagnóstico, conseguiria tratar-me somente com terapia?

B.

A distimia é uma forma moderada de depressão e, apesar de existirem especificidades associadas a cada história de vida, de um modo geral esta perturbação é tratada através de Psicoterapia, nomeadamente com o recurso a técnicas cognitivo-comportamentais. Claro que a avaliação da sua situação só pode ser feita por um profissional especializado, a quem competirá a elaboração de um plano terapêutico adequado. Nalgumas fases pode ser importante a combinação da Psicoterapia com a prescrição de medicação antidepressiva. De qualquer modo, a sua descrição aponta para algum controlo sobre as dificuldades, o que me parece um excelente indicador.