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MARIDO PROCURA MULHERES NO HI5

Sou casada há 19 anos, tenho 43 anos e 2 filhos. Tenho tido até agora uma relação estável, mas descobri há 2 meses que o meu marido tem por hábito "relacionar-se" com outras mulheres na Net e que até pediu a um amigo se lhe emprestava o apartamento para passar um bocado com uma "amiga" casada. Confrontei-o com o facto, ainda tentou desmentir, mas acabou por admitir. O encontro não chegou a acontecer, ele diz que era um escape ao stress, uma fantasia que tinha, uma vez que, tal como eu, nunca tinha estado com outra pessoa. Claro que fiquei chateada mas ele diz que gosta de mim e que quer continuar comigo. Tentei ultrapassar esta situação, ele é carinhoso (sempre foi) mas voltei a descobrir há dias que continuava a contactar com diversas mulheres na Net e inclusive tem Hi5, onde continua a adicionar mulheres e onde diz que anda "à procura de mulheres". Recebe e envia fotos e vídeos pouco decentes, sei que sempre que pode está no MSN secreto que tem à conversa com outras mulheres. Estou desesperada, não sei o que pensar nem fazer, preciso de ajuda urgente.

N.

Apesar do número crescente de queixas de relações extraconjugais com início em contactos através da Internet, não creio que devamos diabolizar a Web, nem as plataformas de comunicação como o MSN ou o Hi5. Tal como acontece em relação ao telemóvel, estas são vias que adoptamos para comunicar com quem queremos e/ou com quem procuramos. O facto de o seu marido se relacionar com outras mulheres através da Internet até poderia ser inócuo, desde que fosse feito "às claras" e de forma despreconceituosa. Contudo, mesmo aos olhos do seu marido, aquilo que está a acontecer é merecedor de alguma reserva - ao esconder estes contactos (negando-os a posteriori), o seu marido acaba por atribuir ao próprio comportamento alguma perigosidade.

A verdade é que sempre que nos sentimos na necessidade de ocultar as nossas escolhas do nosso cônjuge é porque algo não está a correr bem - seja ao nível da comunicação conjugal, seja ao nível do próprio comportamento.

Mesmo que não tenha existido qualquer traição física, houve com certeza algum investimento em relações que não serão compatíveis com o casamento. É importante que reflicta sobre a forma como se sente, quer em relação ao seu casamento, quer em relação ao comportamento do seu marido e que procure conversar abertamente sobre esses sentimentos. O facto de amar o seu marido não deve calar a sua mágoa ou a sua revolta. Importa que seja capaz de definir os limites que está disposta a tolerar, sob pena de este ser o princípio de um permanente mal-estar. Fazer exigências não é um sinal de instransigência ou de ciúme, mas antes uma prova de amor-próprio e uma tentativa de proteger a relação.