PÁGINA INICIAL     |     AMOR     |     ANSIEDADE      |     CIÚME     |     DOENÇA E MORTE     |     FAMÍLIA     |     FOBIAS     |     INFIDELIDADE     
VIOLÊNCIA     |     DIVÓRCIO     |     EDUCAÇÃO DOS FILHOS     |     ÁLCOOL E DROGAS     |     COMPORTAMENTO ALIMENTAR     |     DEPRESSÃO

PREGUIÇA NA ESCOLA

Tenho uma filha com 7 anos, é uma criança normal a todos os níveis - inteligente, feliz. Somos uma família feliz mas ela tem um problema na escola: é preguiçosa. Sabe a matéria, aprende mas não trabalha o que deveria. É sempre a última a acabar ou então está o dia todo com uma ficha enquanto os colegas fazem muito mais. Ela dá-se bem com a professora. Temos tentado todo o tipo de castigos. Ela reconhece que tem de mudar, parece que quer muito melhorar mas acaba sempre por se atrasar. É mesmo preguiça. O que me aconselha? Haverá terapia para este problema? Isto já acontece desde o 1.º ano. Ela está no 2.º, tem uma irmã com 11 anos que é óptima aluna. Estamos sem saber o que fazer.

F.

Há muitos motivos que podem estar por detrás das dificuldades que descreve. Em primeiro lugar, importa reconhecer que cada criança tem o seu ritmo e que, ainda que algumas situações sejam aflitivas para os educadores, podem ser a tradução dessas diferenças. Parece-me, por isso, importante alertá-la para a influência negativa de quaisquer comentários que reflictam comparações entre a sua filha e outras crianças - as comparações com o desempenho da irmã são totalmente desaconselhadas pois poderão contribuir para a diminuição da auto-estima da criança.

Depois importa contemplar a hipótese de existir algum problema emocional que possa impedi-la de se concentrar nas tarefas escolares. Não raras vezes, esta é também uma forma de as crianças manifestarem a sua tristeza em relação a assuntos que podem passar despercebidos aos olhos dos pais. Fale com a sua filha de modo a que ela se sinta tão confortável quanto possível a explorar aquilo que a incomoda e procure motivá-la para as tarefas escolares.

A elaboração de um esquema de castigos é razoável desde que: os castigos definidos sejam ajustados à idade da criança; haja firmeza na aplicação; estejam definidas algumas recompensas (não necessariamente materiais) que premeiem o sucesso.

Se suspeitar de dificuldades mais sérias é aconselhável consultar um psicólogo para que possa ser feita uma avaliação.