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VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA E STRESS PÓS TRAUMÁTICO

Tenho 25 anos e durante 7 vivi um relacionamento com um homem 9 anos mais velho. Há 5 meses que não o vejo mas hoje, como em muitos dias, sonhei com ele. De manhã acordo lembrando-me sempre de tudo o que sonhei, o que é meio caminho andado para o dia não correr de feição, mas os pensamentos vão desaparecendo... Ao final do dia, quando cheguei a casa, pus-me a pensar e tive a sensação de que já não me conseguia lembrar da cara dele. Entrei numa luta de emoções - duas sobressaíram, a alegria por achar que seria bom sinal (seria ssunto arrumado) e uma sensação de tristeza, saudade, angústia por achar que já não conseguia visualizar mentalmente a cara dele!! Depois de muito andar pela casa decidi ligar o computador e ver fotografias dele. Só consegui ver a primeira pois assim que vi a cara dele o meu primeiro reflexo foi olhar para trás de mim porque naquele momento veio uma sensação de medo, terror, como se ele tivesse a ver o que eu estava a fazer. Desliguei tudo o mais rápido que pude, peguei num cigarro e chorei por perceber que, afinal, tudo aquilo ainda não tinha passado... Quando é que este medo vai passar?!! Foi uma pessoa que nunca me tocou fisicamente, mas todos os dias em que estava com ele pensava "Será que é hoje?...". Psicologicamente foi um terror!

F.


O facto de ter vivido durante um período significativo uma relação emocionalmente conturbada terá com certeza deixado as suas marcas. Não raras vezes, as vítimas de violência psicológica só reconhecem o impacto daquilo por que passaram meses depois da ruptura. Nalguns casos, e porque as emoções foram contidas durante muito tempo, a angústia acaba por ser exteriorizada sob a forma de crises de ansiedade ou episódios de pânico.

O nervosismo a que se refere é natural, face aos eventos a que foi exposta, mas isso não significa que deva, apenas, esperar que as dificuldades passem com o tempo. A distância será certamente facilitadora do restabelecimento da estabilidade emocional, mas é importante que partilhe as suas dificuldades com alguém. Não se agarre à vergonha ou ao embaraço nem se isole. Converse com as pessoas de quem gosta sobre os seus problemas e procure, através dessa partilha, olhar para o seu futuro e para o que gostaria de fazer com a sua vida. Há um "mar" de escolhas à sua espera. Se não for capaz de ultrapassar estas dificuldades sozinha e/ou se o problema se agudizar, peça ajuda especializada.