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HOMOSSEXUALIDADE

Porque é que é tão difícil para os pais entenderem a homossexualidade dos filhos? Tenho 17 anos e sou bissexual, assim como a minha namorada, de 15 anos... Tínhamos um namoro às escondidas até que tivemos que dizer a verdade aos nossos pais. Depois disso, as nossas vidas viraram um inferno, querem separar-nos sem se importar que isso nos causa grande sofrimento porque ,além de namoradas, somos melhores amigas. Culpam-nos por passarem por doenças e dificuldades financeiras neste momento, mas isso não é de hoje. Eu ultimamente não durmo bem, não consigo comer, não tenho concentração nem vontade para estudar... Nela já foi constatado um problema emocional e mesmo assim não desistem de nos perturbar. Nem podemos conversar na rua porque isso já é motivo para brigas em casa. Já não aguentamos mais... Às vezes até penso em suicídio pois os meus pais dizem que eu sou a causa de todos os seus problemas e que sou uma decepção na vida deles. Além de tudo, culpam-me por ela estar comigo pelo facto de eu ser mais velha... O que devemos fazer? Não aguento mais essa vida. Já fui encaminhada para um psicólogo por apresentar sintomas de depressão... e nem assim eles param!
F.


A homossexualidade continua a enfrentar muitas barreiras, infelizmente. Se é verdade que alguns jovens se sentem plenamente apoiados pelas suas famílias quando chega a altura de assumirem a sua orientação sexual, também é inegável que uma boa parte continua a enfrentar resistências dentro do próprio lar.

Importa que tenha em consideração que os preconceitos existem em todo o lado e que há pessoas homofóbicas mesmo nas classes mais esclarecidas. Alguns pais temem precisamente que os seus filhos venham a ser vítimas de discriminação a partir do momento em que "saiam do armário". Expressam esses medos sob a forma de raiva, revolta, na esperança de que o adolescente mude. Às vezes até entram em negação, recusando-se a aceitar o inevitável: ninguém "escolhe" ou muda de orientação sexual.

Sugiro que continue o seu processo terapêutico e que... não desista dos seus pais. Quanto melhor a conhecerem, quanto melhor conhecerem as suas emoções, maior será a probabilidade de, mais cedo ou mais tarde, a aceitarem, tal como é.