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HIPOCONDRIA

Há sensivelmente 4 meses comecei a sentir enjoos e um enorme cansaço. Só me apetecia dormir e dormia em todo o lado. Acabei por ir ao meu médico de clínica geral que fez uma data de exames e deu tudo em ordem (felizmente)! No entanto, os sintomas mantinham-se e acabei por gerar uma enorme hipocondria/neurose obsessiva. Não consigo deixar de sentir várias sensações e penso logo no pior. Isso gerou-me ainda mais ansiedade e acabei por procurar um neurologista que me receitou calmantes e antidepressivo. Neste momento, já estou a deixar os calmantes, mantenho o antidepressivo e consultas de psicoterapia não tão frequentes quanto gostaria. No entanto, a obsessão com cancro mantém-se e não consigo deixar de ter pânico desta doença. Não sei porque é que esta obsessão surgiu nesta fase da minha vida. Tenho 26 anos e não tenho razão de queixa nenhuma. Na realidade sinto-me uma sortuda com a vida que tenho tido até agora. Não sei o que se está a passar na minha cabeça mas quero resolver este problema. Será que me pode ajudar?
M.
A preocupação excessiva com a saúde constitui um transtorno ansioso relativamente comum, nem sempre compreendido por amigos e familiares. Nalguns casos, esta obsessão é vista como uma espécie de fingimento ou chamada de atenção, corroborada pelo facto de os exames médicos não indicarem a presença de qualquer doença física. Na verdade, trata-se de uma perturbação angustiante para o próprio e que requer tratamento especializado. Creio que, apesar de ainda não estar recuperada, está no bom caminho, já que recorreu à ajuda médica e psicoterapêutica. Não desista deste acompanhamento. Procure expor todas as suas dúvidas junto dos técnicos que a acompanham e seja tolerante consigo mesma. Quanto maior for o seu investimento (emocional) nas consultas, maiores serão certamente os frutos que colherá. Ao longo do processo terapêutico é expectável que comece a ser capaz de racionalizar o problema (desmistificando alguns dos fantasmas que tanto a angustiam) e que aprenda a controlar os níveis de ansiedade. Por outro lado, o psicólogo que a acompanha ajudá-la-á a olhar para as suas emoções de modo a que as fontes de ansiedade possam ser "trabalhadas" em terapia.