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ASSERTIVIDADE CONJUGAL

Tenho 34 anos e o meu namorado 37. Namoramos há 6 anos, "com altos e baixos", dado o facto de viver sozinha e até ao momento ele não deixar a casa dos pais e não decidir vir viver comigo. Apenas estamos juntos aos fins-de-semana. Durante a semana está com os pais e amigos. Ele é do tipo de pessoa que quando se chateia vira costas e fica cerca de 1 ou 2 semanas sem dizer nada, e quando liga mostra-se muito arrependido ou como se nada tivesse acontecido. Esta situação tornou-se um ciclo vicioso e ainda para mais agora, que decidiu casar-se comigo, pede que eu venda a minha casa para comprarmos uma em conjunto. Estou preocupada, pelo facto de me sentir muito insegura, e cada vez mais pensar se será a pessoa certa para mim. Temo-nos chateado muito ultimamente porque nas folgas dele durante a semana prefere estar com os amigos e quando eu estou de folga aos fins-de-semana ele vem para a minha casa e acabo por não descansar o suficiente, nem posso sair porque tenho de ir buscá-lo e levá-lo ao trabalho. Ao longo destes anos falei várias vezes com ele e volta tudo ao mesmo. Já não sei que atitude hei-de tomar...
I.

Embora não conheça detalhadamente a sua situação, posso afirmar que existe uma lacuna importante no que diz respeito à assertividade conjugal e aos processos de tomada de decisão. Como é sabido, a vida a dois não é um mar de rosas e todas as relações amorosas são feitas de momentos de maior proximidade e de momentos de maior afastamento. Ora, é preciso que o conflito e as divergências sejam geridos de forma inteligente e isso implica que cada um dos membros do casal seja capaz de expor de forma clara e honesta a sua opinião. Dessa discussão, surgem invariavelmente várias alternativas mas, para que ambos "ganhem", ambos têm que "perder" (ceder). Tanto quanto posso perceber, o seu namorado tem conseguido gerir a sua própria vida sem se deixar influenciar pela sua opinião, o que coloca a relação em risco. De facto, é possível que o ciclo vicioso a que se refere esteja a ser alimentado por ambos e, ainda que a leitora possa manifestar a sua insatisfação, não estará a fazê-lo de forma segura e assertiva, acabando por permitir que volte sempre tudo ao mesmo.

Sugiro que recorram à ajuda de um terapeuta conjugal ainda antes de oficializarem a relação, já que é possível adquirir algumas competências para que se sintam mais seguros em relação ao passo que estão prestes a dar.