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MÃE EXAUSTA

O meu problema é "O fim-de-semana", passar o fim-de-semana dentro de casa com 2 crianças traquinas de 4 e 7 anos que passam o tempo a partir coisas e a gritar. Não tenho vontade de brincar com eles. A ideia de sair à rua agrada-me, mas não consigo convencer o meu marido a acompanhar-nos e a ideia de sair sozinha com eles aterroriza-me igualmente. Sinceramente, confesso que quando chego ao escritório na Segunda-feira respiro de alívio... Ando a sentir que isto não pode continuar e a minha relação com os meus filhos está a deteriorar-se e, por consequência, também o ambiente familiar. Preciso de ajuda, penso não ter vocação para ser mãe. Existem formações ou workshops para ensinar os pais a lidar com estas dificuldades?
S.

A partir do momento em que nos sentimos muito melhor no local de trabalho do que no nosso próprio lar, deveria soar o nosso alarme interno. Claro que todos nós temos dias piores do que outros e que essa sensação é normal, desde que pontual. Mas a verdade é que este desgaste a levou já a questionar a sua competência como mãe, pelo que se trata de um problema enraizado.

As crianças pequenas são naturalmente traquinas e, por mais emocionalmente inteligentes que sejam os progenitores, ninguém é de ferro e, de vez em quando, qualquer pessoa terá vontade de atirar os filhos pela janela.

Se se sente exausta, sugiro que converse com o seu marido sobre o que está a acontecer. É possível que não esteja a ser capaz de gerir todos os seus compromissos e responsabilidades e que seja preciso redefinir a divisão de papéis. Além disso, como o papel conjugal está intimamente associado ao papel parental, é fundamental que possa questionar-se a propósito das suas necessidades conjugais, dando-as a conhecer ao seu marido. Quanto mais estável for a relação conjugal, maior será a capacidade dos membros do casal para implementar regras no que diz respeito à disciplina e educação dos filhos.

Além disso, do apoio do seu marido pode depender a sua disponibilidade para investir em si mesma, em actividades que possam ajudá-la a relaxar e a enfrentar a pressão do dia-a-dia. Afinal, a vida não pode resumir-se a obrigações. Se não for capaz de identificar novos caminhos, sugiro que considere a hipótese de recorrer à ajuda de um terapeuta familiar.