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A MINHA MULHER PEDIU UM TEMPO

Eu e a minha companheira separámo-nos após vivermos há 6 anos juntos. Ela diz que sente que não está a viver e só a sobreviver, sente-se triste porque sempre fomos muito amigos, e neste momento não sabe se da parte dela existe mais do que uma grande amizade e cumplicidade entre nós. Saiu de casa no passado Domingo e eu estou completamente de rastos, ela diz precisar de um tempo para tentar perceber o que quer fazer da vida dela, que a nossa relação entrou numa rotina. Não sei o que fazer, sei que tenho de lhe dar tempo, mas não sei quanto, só queria que ela voltasse para mim, e juntos sermos felizes. Algum conselho que me possa ajudar a superar esta fase da minha vida?

E.

Algumas pessoas sentem necessidade de se afastar dos problemas para que possam olhar para eles de uma perspectiva diferente. Na prática, é sobretudo esta necessidade que está em causa quando alguém sugere "dar um tempo". O que acontece é que o facto de vivermos mergulhados nas nossas dificuldades pode toldar-nos a visão, pelo que o distanciamento pode ser útil ao discernimento. Claro que não é fácil para ninguém ouvir o cônjuge dizer que tem dúvidas acerca do que sente ou mesmo acerca da viabilidade da relação. O medo da perda impede mesmo que algumas pessoas pactuem com qualquer tipo de afastamento, ainda que temporário.

Mas "dar um tempo" implica que, mais cedo ou mais tarde, tenhamos que voltar a enfrentar a realidade e, claro, tomar decisões, por mais difíceis que elas sejam. Não sei quais são os sentimentos que a sua mulher nutre por si, nem posso fazer quaisquer prognósticos acerca de uma eventual reconciliação, mas sei que esta é a altura indicada para repensarem a relação. Seis anos é tempo suficiente para que uma relação amadureça, mas também para que o amor dê lugar à rotina e ao cansaço, se não for alimentado com base nas necessidades de cada um. É importante que haja diálogo franco e claro acerca do que cada um espera desta relação, para que possam ser definidas estratégias em relação ao futuro. Lembre-se de que não têm de passar por tudo isto sozinhos - podem recorrer à ajuda de um terapeuta conjugal.