C.
A Internet é hoje uma via de comunicação potentíssima e, também, mais uma alternativa a quem, desgastado pelo casamento, procura interagir com outras pessoas de forma descomprometida. São cada vez mais frequentes os pedidos de ajuda que recebo relacionados com revelações como aquelas que descreve e até de casos de infidelidade que tiveram início através da Internet.
Não sei qual o envolvimento do seu marido com estas mulheres de que fala, mas reconheço que este é um sinal de alarme que merece a atenção de ambos. É claro que existirão dificuldades conjugais a que não estarão a saber dar resposta, mas isso não justifica as escolhas recentes do seu marido. O choque que sentiu quando se confrontou com estas imagens deve dar lugar a um processo em que impere o diálogo, a verdade e a ponderação. Falar abertamente sobre o que aconteceu ou sobre o que pode estar a acontecer é só o primeiro passo. Depois importa que cada um seja capaz de falar de si, das suas emoções, daquilo que os liga. Não adianta pensar numa ruptura se sentir que ainda ama o seu marido e que é possível reconstruir a relação. Mas estou certa de que também não será saudável para ninguém escamotear o problema e tentar levar a vida adiante como se nada tivesse acontecido.
Sugiro que converse com o seu marido sobre as diferentes alternativas para fazer face ao problema. Considere a hipótese de recorrerem à terapia conjugal.