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BIRRAS MATINAIS

A minha filhota com 6 anos de idade, que é super amorosa, está numa fase de fase de fazer birras por tudo e por nada todas as manhãs. O que é que eu posso fazer para controlar essas birras matinais?
L.

Todas as crianças fazem birras e, permita-me que o diga, ainda bem, porque é sinal de que têm liberdade para se expressar. A partir do momento em que as birras se tornam frequentes, é importante olhar atentamente para o que pode estar a acontecer. Se a sua filha nunca foi uma criança dada a birras, pode ser importante tentar perceber se há alguma coisa que a esteja a incomodar. Às vezes, há pequenas mudanças na rotina de uma criança que podem ser suficientes para a destabilizar, traduzindo-se nesta alteração comportamental. Conversar abertamente com a sua filha, fora do contexto matinal, é, por isso, o primeiro passo.

Claro que importa que as próprias birras não sejam alimentadas e, para isso, é preciso que a leitora saiba diferenciar as queixas legítimas das birras desproporcionais. Quando uma criança faz uma "cena" sem que exista um motivo razoável para tal, o melhor é mesmo ignorá-la. Quanto mais atenção a criança conseguir nesse momento, pior, pois verá o seu esforço recompensado. Depois, é preciso conversar com a criança, quando ela estiver mais calma, e alertá-la para o seu mau comportamento, explicando-lhe que, se o repetir, será castigada. Por mais difícil que seja, os pais devem ser rigorosos na aplicação dos castigos e das recompensas. Claro que não estou a falar de castigos físicos! Mas antes de castigos exequíveis e ajustados à idade da criança. Também as recompensas têm aqui um papel importante porque se negociar com a sua filha sobre o número de "bons comportamentos" necessários para a conquista de um prémio (que pode ser uma coisa tão simples como uma ida ao parque), ela sentir-se-á comprometida consigo. É possível elaborar um calendário onde se regista (normalmente através de símbolos ajustados à idade da criança) o comportamento. Este calendário pode e deve ficar à vista de todos, por exemplo, colocando-o na porta do frigorífico.

Não sou adepta do recurso imediato à ajuda psicológica, pelo que creio que o melhor é tentar servir-se das suas próprias competências para tentar ajudar a sua filha. Se o problema se prolongar, então sim, pode ser necessário conversar com um psicólogo.