C.
Não conheço detalhadamente a sua situação, pelo que não posso assegurar-lhe que se trata de um caso de fobia social. Independentemente disso, percebo que se sente insegura e ansiosa perante a possibilidade de ter de enfrentar um grupo de pessoas desconhecidas, pelo que começo por sugerir-lhe que tente racionalizar sobre este problema. Como? Comece todos os seus pensamentos com a frase "Isto não é um problema porque..." e procure convencer o seu cérebro através de respostas lógicas. A verdade é que esta é uma dificuldade partilhada por muitas pessoas, mas muitas vezes exacerbada por medos irracionais. Imagine que, no auge das suas ruminações, entra em pânico com a possibilidade de desmaiar à frente de toda a gente. Convença-se de que nem isso é um problema "porque, por exemplo, até as figuras públicas desmaiam" ou "porque, mesmo que caia para o lado, alguém a socorrerá" ou "porque ninguém a discriminará por isso".
Não raras vezes o medo cresce na medida em que achamos que somos os únicos a sofrer de determinado tipo de dificuldades. Aceitar as nossas fragilidades e partilhá-las com alguém da nossa confiança é meio caminho andado para que nos sintamos um pouco mais seguros ou, pelo menos, para evitar que a ansiedade domine o nosso comportamento.
Dê tempo a si mesma e vai ver que, quer neste curso, quer noutros eventos, acabará por sentir-se progressivamente mais segura e confiante. Mas, se não for capaz de superar as suas barreiras, lembre-se de que também isso não é um problema, já que existem profissionais especializados em lidar com este tipo de dificuldades.