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ORIGEM DAS CRISES DE ANSIEDADE

Sinto-me um bocadinho mal porque não sei como expressar isto... tenho andado a ter ataques de pânico/ansiedade porque simplesmente quando penso em desaparecer, ou penso na morte, tenho imediatamente uma crise. Qualquer coisa as despoleta e já me aconteceu ir a conduzir e ter uma crise. Há cerca de um ano o meu médico de fámilia receitou-me uns ansioliticos e andei muito bem mesmo, mas gostava de chegar ao cerne da questão, do porquê de ter estes ataques. Por norma, para me acalmar, ligo ao meu marido (que trabalha à noite pelo que estou sozinha quando tenho as crises) e ele sabe que nestas alturas tem de falar das coisas mais banais para me acalmar. Resulta mas gostava de saber o porquê destas crises. Os sintomas são: aceleração da pulsação, dificuldade em respirar, em pensar e em mexer-me e tonturas. Pode ajudar-me por favor?
C.

As crises de ansiedade são muito mais frequentes do que possa imaginar - atingem homens e mulheres de todas as idades e de todas as classes sociais. Nalguns casos, a situação é gerida/ ultrapassada com celeridade e eficácia através de um simples telefonema, em que a pessoa tem oportunidade de conversar com alguém da sua confiança e consegue, assim, acalmar-se e retomar os seus afazares. Infelizmente, existem situações bastante mais difíceis, em que a pessoa chega a bloquear, mostrando-se incapaz sequer de fazer qualquer movimento. Independentemente da "forma" que estes episódios tomem, as crises de ansiedade são uma imensa fonte de angústia e podem limitar de forma séria o ritmo de vida do doente e da sua família.

Sendo a origem potencialmente diversa, existe, de um modo geral, algo em comum entre as pessoas que sofrem estes picos de ansiedade: a dificuldade em gerir as suas emoções mais negativas, nomeadamente a tristeza. O que acontece é que quando não reconhecemos e expressamos de forma clara a nossa tristeza, ela pode acumular-se e acabar por ser exteriorizada de forma explosiva através de sintomas físicos. É por isso que tantas vezes se confunde um ataque de pânico com um ataque do coração.

Como certamente compreenderá, cada pessoa terá o seu próprio percurso, as suas próprias vulnerabilidades, pelo que também o caminho em termos psicoterapêuticos é variável. De um modo geral, o tratamento envolve a combinação de medicação ansiolítica/ antidepressiva com Psicoterapia.