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SÍNDROME DO PÂNICO

Luto contra a síndrome do pânico há dois anos, o que me impede de tudo, às vezes até de comer. O que é que eu faço? Moro no interior e não tenho ajuda de ninguém.
A.

Compreendo a sua angústia e entendo que o isolamento social a que se vê obrigada a faça sentir-se presa a um problema tão incapacitante. A verdade é que os transtornos ansiosos têm muitas vezes o poder de toldar a nossa percepção sobre a realidade, aumentando o desespero e impossibilitando-nos de vislumbrar qualquer saída - estejamos nós no centro do mundo ou numa aldeia do Interior. A verdade é que para tudo há solução - pode não ser a ideal, mas há. Reconhecer que tem um problema e que esse problema pode ser tratado é o primeiro passo. Depois há que centrar-se nos recursos e não nos obstáculos. Fale mais, saia mais, preocupe-se menos. Fale sobre o seu problema, quer com as pessoas que lhe são próximas, quer com o seu médico de família. Não se preocupe com aquilo que os outros possam pensar e/ou com a avaliação que possam fazer. Centre-se em si e no facto de querer ficar melhor. Converse abertamente com o seu clínico sobre as hipóteses de um acompanhamento médico regrado. Mesmo que não exista um Psicólogo a que possa recorrer, tire partido da confiança no médico de clínica geral. Respeite a prescrição que for feita e procure conversar um bocadinho a cada consulta.

Faça um esforço no sentido de sair mais de casa. A princípio pode parecer-lhe um tormento, mas o isolamento contribuirá para que se sinta pior. Obrigar-se a si mesma a estar com outras pessoas ajudá-la-á a descentrar-se de forma progressiva dos pensamentos mais negativos. Crie objectivos e procure cumpri-los. Escreva sobre os seus sonhos, sobre o rumo que gostaria que a sua vida tomasse. Imagine onde, como e com quem gostaria de estar daqui a 5 anos e dê-se ao "luxo" de escrever/ reflectir sobre isso. Olhe para as coisas boas que fazem parte da sua vida, do seu dia-a-dia, e assinale-as. Mesmo as mais simples. Em suma: treine o seu optimismo.