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DISCUSSÕES INTENSAS

Escrevo-lhe porque a minha vida sentimental está um caos e nao sei a quem recorrer. A verdade é que me sinto muito sozinha e as discussões que tenho com o meu namorado não ajudam. Eu amo-o muito e acredito que ele também me ame mas discutimos por coisas absurdas e as nossas discussões tendem a tornar-se um pouco graves. Costumamos ficar uma semana zangados (nas piores zangas). A nossa diferença de idades é de 10 anos e eu sou a mais nova mas às vezes parece que ele ainda é mais novo que eu com certas atitudes que toma. Por favor, ajude-me. Esta dor que sinto é muito forte. Não consigo aguentar pois sinto-me fraca e muito desgastada...
P.

Acredite que sei bem como se sente. Quando tudo corre bem em termos conjugais, sentimo-nos mais fortes, mais confiantes, mais seguros para enfrentar as dificuldades nas outras áreas da vida. Pelo contrário, quando existem problemas sérios na relação, sentimo-nos mais frágeis, inseguros, às vezes até incapazes de lidar com os obstáculos que surgem.

Todos os casais discutem e fazem-no quer por motivos importantes, quer por coisas insignificantes. Mas a verdade é que quando os problemas parecem tomar conta do dia-a-dia do casal, é importante parar para reflectir sobre aquilo que cada um pode fazer, sob pena de a desesperança começar a instalar-se.

Presumo que já tenha tentado conversar serenamente com o seu namorado, mas é tempo de o fazerem de forma regrada. Falar sobre aquilo que os incomoda não é fácil - há sempre o risco de magoar ou até de ofender a pessoa que se ama e, assim, piorar ainda mais a situação. Por isso, sugiro que comece por tentar perceber aquilo que mais o incomoda - procure ouvi-lo relativamente às situações que o fragilizam, àquilo que o deixa inseguro e/ou o faz sentir-se rejeitado. Depois, reflicta sobre o que pode fazer para fomentar a vossa união, sobre os gestos/ comportamentos que podem fazer com que o seu namorado sinta que é importante para si. Claro que esta reflexão deve ser recíproca - deve ser capaz de dar a conhecer as situações que a fragilizam, bem como aquilo que gostaria que o seu namorado fizesse para que se sinta especial na vida dele.

Evite fazer generalizações como "não é normal" ou "é sempre a mesma coisa". Centre-se naquilo que sente ("quando fazes (...) sinto-me (...)"). Quando se sentir atacada/ ofendida, peça-lhe para reformular o raciocínio, de modo a diminuir os níveis de tensão. Se não forem capazes de resolver a situação sozinhos, peçam ajuda especializada.