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MUDANÇAS DE HUMOR

O meu caso é comum ao de muitos - tenho uma relação de longa data, o meu companheiro tem mudanças de humor incríveis, ora está todo carinhoso ora está autoritário e desagradável. Por achar que sofria de violência psicológica acabei a relação mas voltámos depois de muito falarmos. Durante um ano esteve tudo bem mas agora voltou a ter ataques de estupidez. Justifica-se sempre metendo as culpas em mim, mas quando o ignoro fica manso e fica logo terno. Basta enfrentá-lo e chega a ter picos de histerismo, o que me assusta, apesar de lhe fazer frente. Acho que ele tem falta de auto-estima e tenta mostrar o contrário às vezes de forma bem excessiva, é machista, acho que é um frustrado (pois chega a implicar com as coisas mais absurdas). Gostaria que me desse a sua opinião sobre o porquê de ele ser assim e como superar isto.
J.

Quando as discussões conjugais se sucedem e tomam conta do dia-a-dia do casal, é relativamente fácil criar-se um ciclo vicioso em que o que sobressai é uma espécie de braço-de-ferro. O facto de lhe ser mais fácil rotular as queixas do seu companheiro como "ataques de histerismo" ou exemplos de "estupidez" terá a ver com o facto de este não estar a ser capaz de lhe mostrar de forma clara as próprias necessidades. Acredite que não a julgo. Entendo que se sinta cansada e que, não raras vezes, até possa sentir-se ofendida. Mas devo alertá-la para os perigos das escolhas que tem feito. Ignorar o seu companheiro não é exactamente o mesmo que ignorar a birra de uma criança. Se o seu companheiro se queixa, mesmo que de forma desajustada, é porque se sente inseguro e precisa de si. Procure ajudá-lo a exteriorizar aquilo que sente de forma clara, sem ofensas. Mostre-lhe que se preocupa com ele e que quer estar ao seu lado. Isso não significa que deva anular-se ou tão-pouco ceder a todas as pressões do seu companheiro. Ouvi-lo e tentar ir ao encontro das suas necessidades é tão importante quanto ser capaz de expressar as suas emoções e aquilo de que precisa. Se não se sentir capaz de gerir estes ciclos viciosos e quiser continuar a apostar nesta relação, é importante que considere a hipótese de recorrer à terapia conjugal. Não há motivos para que continuem ambos a desgastar-se tanto.